Eu aqui estou, sozinho;
Vivendo a sair do sério
mais morto do que cemitério, sozinho;
Vivo poeta, acrobata
do circo da vida
Sem ter uma saída, sozinho;
Eis-me vil de mim mesmo
Criminoso perfeito, sozinho;
Ando longe do teu caminho
me fazendo conhecido
de mim mesmo, sozinho;
Incertas poesias
Incertas por serem só
Me perdi em tuas vias
Volto a ser Adão
Homem, barro, pó, só.
Jean Leal